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Outubro Rosa: o papel da fisioterapia no tratamento do câncer de mama

  • Foto do escritor: Angelo Davanço
    Angelo Davanço
  • 16 de out.
  • 2 min de leitura

Intervenção precoce da fisioterapia reduz sequelas físicas e auxilia na retomada da rotina das mulheres em tratamento oncológico


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Durante o Outubro Rosa, o alerta para o diagnóstico precoce do câncer de mama ganha força, mas além da prevenção, é fundamental falar sobre o cuidado no tratamento e na reabilitação. A fisioterapia tem papel essencial nesse processo, contribuindo para restabelecer funções do corpo e prevenir complicações que comprometem a qualidade de vida das mulheres.


Segundo a Dra. Daniella Leiros, especialista em fisioterapia na saúde da mulher, o trabalho fisioterapêutico deve começar logo no início do tratamento. “A fisioterapia tem o poder de ajudar a pessoa a restabelecer a função corporal. O câncer de mama afeta funções respiratórias, circulatórias e posturais, e o fisioterapeuta atua para reorganizar o corpo desde a fase preventiva até a reabilitativa”, explica.


A importância do acompanhamento desde o pré-operatório

Ela ressalta que o acompanhamento pré-operatório é o mais indicado, pois prepara o organismo para o impacto do procedimento cirúrgico. “Podemos organizar o corpo para a própria cirurgia, deixando-o propício e fortalecido, para que o procedimento não traga tanto desconforto nem malefícios ao corpo”, destaca.


No pós-operatório, o foco da fisioterapia é reduzir dores, evitar retrações e aderências de cicatrização, melhorar a amplitude de movimento dos ombro e pescoço, e prevenir o linfedema - inchaço que pode ocorrer após a retirada dos gânglios linfáticos. “O linfedema é o edema causado pela retirada dos gânglios, e podemos minimizá-lo com técnicas de drenagem linfática manual, enfaixamento, compressas e, principalmente, com exercícios orientados. Nem sempre é possível evitar, mas é possível controlar e reduzir seus efeitos”, afirma Daniella.


Reabilitação ativa e retomada da autonomia

Outro ponto de destaque é o envolvimento ativo da paciente no processo de recuperação. “Orientamos a automassagem para que a mulher participe do processo reabilitativo, se toque, se conheça e não dependa apenas das consultas. É fundamental que ela esteja ativa no próprio tratamento”, comenta.


Além de restaurar funções físicas, a fisioterapia contribui para que a paciente retome sua autonomia e se reintegre à rotina. “O objetivo é que essa pessoa se sinta novamente parte da sociedade, apta à sua função e à sua vida, não apenas como alguém que sobreviveu ao câncer, mas como alguém que vive plenamente após o tratamento”, conclui a especialista.

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